Sobrevivência Feminina: 'Ele falou que a culpa não era dele, que eu provocava', relata vítima de abuso sexual praticado pelo próprio pai

  • 21/11/2023
(Foto: Reprodução)
Na semana que marca o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, o g1 publica uma série de reportagens especiais sobre o tema no Oeste Paulista. Conheça a história de Vitória, que, além de ter sido vítima de violência sexual do próprio pai, ainda enfrentou um relacionamento abusivo por mais de 30 anos. Série Sobrevivência Feminina mostrará cenário da Violência Contra a Mulher na região de Presidente Prudente (SP) Arte g1 Tudo inicia com um encantamento entre duas pessoas. Com o tempo, o sentimento se transforma em amor. Então, o futuro começa a ser planejado com as melhores perspectivas possíveis. De repente, o carinho diminui e dá lugar a hostilidade, ofensas, marcas pelo corpo e na alma. A mulher, que antes enxergava o tempo com prosperidade, enfrenta um dia após o outro como uma sobrevivente. Esta é a realidade de milhares de mulheres vítimas de violência de gênero. Sair desta situação não é nada fácil, ainda mais em um relacionamento com quem ela ama. Ao longo dos próximos dias, na semana do Dia Internacional de Combate a Violência Contra a Mulher, celebrado no dia 25 de novembro, o g1 publicará uma série de reportagens sobre o combate da violência doméstica no cenário do Oeste Paulista. A Sobrevivência Feminina neste cenário não é fácil, mas é possível. A seguir você vai conhecer a história de sobrevivência da Vitória. Nome determinado não por escolha de sua mãe, mas por ela mesma, como sinal de superação e, acima de tudo, proteção! Vitória foi vítima de violência contra a mulher desde a infância Bruna Bonfim/g1 Nascida do primeiro agressor Vitória (nome fictício) nasceu em Presidente Prudente (SP) e vivia uma infância feliz com seus pais e irmãos. Porém, com 13 anos, ela sofreu uma de suas maiores dores, a perda da mãe. Dali em diante, Vitória sabia que a vida não seria fácil, mas o que ela não imaginava era que começaria um pesadelo provocado por uma das pessoas que ela mais amava. Durante a noite, enquanto dormia no quarto com seus irmãos, a adolescente de 13 anos começou a ser abusada sexualmente pelo próprio pai. “Quando acontecia, eu ficava tão sem saber o que fazer que fingia que estava dormindo. Eu ficava quieta porque tinha medo de acordar meus irmãos e eles verem, então eu fingia que estava dormindo”, relatou ao g1. O pai, o qual ela considerava como seu herói, passou a ser seu maior mostro. Após a morte da esposa, ele casou novamente com outra mulher no final daquele mesmo ano. Tempos após o abuso começar e se tornar constante, a madrasta de Vitória notou a frequência quase que cotidiana da visita do marido no quarto dos filhos durante a noite. Um dia, ela entrou no cômodo e se deparou com o marido abusando sexualmente da filha. Para a jovem Vitória, a presença da madrasta no quarto foi o que salvou sua vida, a princípio. “Foi o que me salvou na minha opinião na época, eu via ela como uma heroína porque eu sabia que ela ia parar com tudo aquilo”, ressaltou a vítima. Ela estava certa. Daquele dia em diante, o pai parou de importuná-la sexualmente. Porém, para a surpresa de Vitória, a relação com a madrasta mudou. Também depois daquela noite, a esposa do pai cortou as relações com a enteada e a culpou pelo abuso. Infelizmente, Vitória acreditou naquela versão e também passou a se culpar pela violência praticada pelo pai. “Eu sofri muito, ela ficou mais de um mês sem olhar na minha cara e eu achava que a culpa era minha. Eu tinha vergonha de andar de short, de andar de biquini, porque na minha opinião, meu pai fazia aquilo comigo porque eu estava provocando ele, porque na minha cabeça eu achava que minha madrasta pensava isso. A gente demora pra entender que a culpa não é da gente”, relembrou Vitória. Vitória foi vítima durante 30 anos dentro de seu casamento Bruna Bonfim/g1 Casada com seu segundo agressor Anos se passaram, Vitória aprendeu a conviver com a dor e aprendeu novos sentimentos, os bons. Ela conheceu um homem, se apaixonou e se casou. Do relacionamento, ela engravidou de sua primeira filha e, para dar continuidade aos planos da família, Vitória deixou Presidente Prudente com o marido e mudou-se para uma cidade mais perto da capital do Estado de São Paulo, em Santo André (SP). A mudança de endereço foi acompanhada de uma mudança de comportamento do marido. Novamente, Vitória se viu em uma situação inusitada e nada fácil. “Meu ex-marido é aquela pessoa que não sabe aceitar não como resposta. Ele fazia chantagem emocional comigo, fazia com que eu me sentisse culpada por qualquer coisa. Quando mudamos para lá, ele começou a me tratar de uma maneira muito agressiva. Era ele que sustentava a casa, eu dependia dele para tudo, se eu precisasse comprar um absorvente, por exemplo, eu tinha que pedir dinheiro para ele”, contou. Os anos foram passando e a violência psicológica foi aumentando. Entre as situações que Vitória vivenciou em mais de 30 anos de casamento, foi a traição do marido com outras mulheres. Mais uma vez, ela se sentia culpada pela atitude inaceitável de um homem que ela amava. “Nesse meio tempo, ele se envolvia com um monte de mulher, ele saia de casa em uma sexta-feira e voltava na segunda à noite. Eu não podia falar nada, porque na cabeça dele a culpa dele fazer aquilo era minha e eu acreditava piamente, que eu era uma péssima mulher e eu levava ele a procurar outras mulheres”, relatou. Agora, com o conhecimento das traições, Vitória também passou a ser espectadora dos relacionamentos extra conjugais. Claro, não por escolha. Afinal, nenhuma mulher escolhe ser vítima de seus traumas mais profundos. “Cheguei ao ponto de uma vez ele me levar no motel e ele colocou alguma coisa no meu olho, me embebedou e, no outro dia, quando acordei, eu percebi que eu não estava sozinha com ele, tinha mais alguém no quarto”, relembrou. O sofrimento só aumentava. Apesar das situações constrangedoras sofridas, o amor pelo marido continuava, com esperança de uma futura mudança. Em contrapartida, ele continuava a submeter a esposa a situações inimagináveis para ela “Eu tenho muita vergonha de contar, mas ele começou a me levar no motel, ele marcava encontros pra eu sair com ele e com outro homem. Hoje é tão simples eu pensar que eu não podia ter feito, "você ia porque queria", mas ele me chantageava de uma forma, que eu acabava indo”, disse. Em um desses encontros não consensuais, seu marido a filmou sem sua permissão. O vídeo se transformou em uma ferramenta de ameaça e chantagem para que ela continuasse a obedecê-lo. “Ele me filmou sem eu ver na época. Então, a cada vez que eu falava que eu não ia, que eu não queria, que eu não gostava de fazer aquilo, ele ameaçava ligar para Prudente e mostrar o vídeo para minha família. Aquilo foi virando uma teia de aranha. Eu falo que eu fui psicóloga de mim mesma, porque comecei a perceber que ele não fazia aquilo porque queria me ver com outros homens, ele fazia eu pedir pra esses homens transarem com ele. Ele falava pra mim que fazia aquilo porque eu queria, porque eu gostava de ver. Quantas vezes eu saia com ele, ele me trancava dentro do banheiro e ele ficava lá. Eu dava graças a Deus quando ele me trancava porque eu não precisava ver nada e fazer nada. Era muito horrível. Isso durou muito tempo”, contou vitória. Vitória foi vítima de quase todos os tipos de violência contra a mulher Bruna Bonfim/g1 Vítimas de diversas violências A maioria das situações pela qual Vitória passou, segundo ela, foram psicológicas. Porém, o homem com o qual ela se casou também era agressivo na frente dos filhos. Em meio aos conflitos, ele chegou a desferir socos e empurrões contra a mulher. Como de costume, o homem fazia a esposa acreditar que ela apanhou porque havia “extrapolado, abusado da boa vontade dele”. Diante de tantas situações de opressão, Vitória passou a perder a personalidade divertida e alegre que tinha. A dança, que era algo que ela gostava de fazer, passou a ficar cada vez mais distante, pois o marido não gostava. Os elogios por sua beleza, viraram motivos de discussões. A violência psicológica não só desgastou sua relação conjugal, como a diminuiu como mulher diante de seus próprios olhos. “Na época, eu era uma mulher bonita, eu ia nos bares e era muito paquerada. Eu gostava muito de dançar e ele não sabia. Se eu dançasse com alguém do motoclube, chegava em casa o pau comia. Era uma agressão velada”, contou. Em uma das diversas situações vivenciadas por Vitória que a marcou, foi no moto clube que o casal costumava frequentar. Mais uma vez, ela presenciou o marido em um relacionamento extraconjugal. Porém, agora, ela estava determinada a enfrentá-lo. “Lembro de uma vez que ele estava no telefone e fui atrás dele. Não lembro muito bem o que aconteceu, mas eu encostei no carro e ele arrancou com o carro, eu estava encostada perto do retrovisor, ele arrancou, eu escorreguei no asfalto e ele quase passou por cima de mim. Fiquei toda ralada, voltei para o moto clube e falei pro pessoal que eu caí porque estava bêbada. Eu não estava bêbada. Minha filha e uma amiga viram ele fazendo aquilo e elas achavam um absurdo eu mentir sobre aquilo”, relatou a vítima. Após prisões por estelionato, fechamento de um bar e desemprego, o agressor de Vitória passou a beber muito. Enquanto ela trabalhava de dia limpando casas e a noite em restaurantes, o marido exigia todo seu salário conquistado e gastava tudo com bebidas alcoólicas. Em um determinado dia, enquanto descansava da rotina exaustiva na companhia filha, Vitória assistia TV quando se reconheceu como vítima de violência contra mulher pela primeira vez. Assim, desta forma, em um momento de lazer. “Estava passando um comercial com a Camila Pitanga. No comercial, ela falava que se a pessoa controla seus cartões de banco, isso é violência patrimonial. Se ela te agride com palavras, isso é violência psicológica. E ela foi falando na propaganda os tipos de violência que tinha”, relembrou Vitória. Mesmo com as definições concretas do que ela vivenciava na tela, Vitória ainda não havia reconhecido que tais descrições falavam da conjunção da qual ela era vítima. Foi então que a filha, de apenas nove anos na época, abriu seus olhos. "A minha filha virou pra mim e falou “mamãe, você sofre todo esse tipo de violência, você não percebe isso? Será que não tá na hora de você parar com isso?”. A partir dali, ela me deu uma chacoalhão e eu comecei a prestar muita atenção em tudo. Foi quando eu comecei a negar de sair com ele com outros homens”, esclareceu a vítima de violência contra mulher. Vitória rompeu o ciclo da violência com a ajuda dos filhos Bruna Bonfim/g1 Rompimento da violência Então, os conflitos passaram a aumentar. Vitória não entregava mais todo seu salário para o marido. Como consequência, as ofensas contra ela na frente dos filhos também cresceram. As ameaças de mostrar para os familiares os vídeos íntimos gravados sem sua permissão também tornaram-se comuns. Um dia, como todos os outros, o marido chegou bêbado em casa e a surpreendeu com uma faca enquanto ela estava deitada no quarto com os filhos “Eu assustei, ele começou a gritar comigo e meu filho estava no pé da cama fazendo alguma coisa e nem olhou, porque estava acostumado com a baixaria que ele fazia. Minha filha estava dormindo. Eu falei pra ele ‘o que você está fazendo com essa faca?’. Eu falei assim para o meu filho ver. Era uma faca grande, que ele usava pra cortar carne, essas coisas. O meu filho viu aquilo, ele com a faca erguida vindo pra cima de mim e meu filho segurou na mão dele e falou: ‘Mãe, foge’'", relatou. Foi nesse momento que Vitória apanhou a filha nos braços, passou por baixo do portão e nunca mais voltou a dividir o teto com o, agora, ex-marido. O filho a aconselhou ir até a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) mulher registrar a denúncia. Ela foi até o local, em Santo André, e assim fez. Além do boletim de ocorrência, Vitória solicitou a medida protetiva, que proíbe o agressor de se aproximar e manter contato com a vítima. A reação do ex-companheiro assustou Vitória, que temeu pela própria vida. Através do acolhimento fornecido pelo serviço de atendimento de vítimas de violência contra mulher em Santo André, denominado como ‘Vem Maria’, ela foi aconselhada a entrar em contato com os familiares para ficar com um deles durante um período. Ao entrar em contato com sua família em Presidente Prudente, Vitória soube pelos irmãos que o pai estava com Alzheimer e precisava de alguém para ajudar com os cuidados no dia a dia. Para os irmãos, que não sabiam da violência sofrida durante a infância cometida pelo pai, era “unir o útil com o agradável”. Foi então que Vitória voltou a morar em Presidente Prudente novamente com o pai, seu primeiro agressor. Apesar de ambos estarem mais velhos, ela ainda ainda tem medo da convivência com o genitor e a possibilidade de um possível abuso. Com a apreensão constante, ela sentiu a necessidade de contar para as irmãs o que tinha acontecido há tantos anos, quando ela era apenas uma adolescente. “Um dia, eu contei para minhas irmãs o que estava acontecendo. Uma delas ficou desesperada e a outra contou que com ela ele fazia a mesma coisa. Começamos a conversar com ele e ele falou que a culpa não era dele, que eu provocava ele, foi a conversa mais horrível que eu já tive na minha vida. Peço pra Deus para que ele tire a mágoa e a revolta que eu tenho no meu coração pra eu perdoar ele”, disse. Tipos de violência A Lei nº 11.340, denominada como Lei Maria da Penha, prevê cinco tipos de violência contra a mulher. Confira abaixo: Violência Física Qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher. Algumas agressões características são: Espancamento; Atirar objetos, sacudir e apertar os braços; Estrangulamento ou sufocamento; Lesões com objetos cortantes ou perfurantes; Ferimentos causados por queimaduras ou armas de fogo; Tortura. Violência Psicológica Condutas que causem dano emocional, diminuição de autoestima, prejudiquem o desenvolvimento da mulher, degradem ou controlem suas ações, comportamentos, crenças e decisões. Algumas agressões características são: Ameaças; Constrangimento; Humilhação; Manipulação; Isolamento (Proibir De Estudar, Viajar Ou Falar Com Amigos E Parentes); Vigilância constante; Perseguição; Insultos; Chantagem; Exploração; Limitação do direito de ir e vir; Ridicularização; Tirar a liberdade de crença; Distorcer e omitir fatos para deixar a mulher em dúvida sobre a sua memória e sanidade (Gaslighting). Violência Sexual Qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força. Algumas agressões características são: Estupro Obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa; Impedir o uso de métodos contraceptivos ou forçar a mulher a abortar; Forçar matrimônio, gravidez ou prostituição por meio de coação, chantagem, suborno ou manipulação; Limitar ou anular o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher. Violência Patrimonial Qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. Algumas agressões características são: Controlar o dinheiro; Deixar de pagar pensão alimentícia; Destruição de documentos pessoais; Furto, extorsão ou dano; Estelionato; Privar de bens, valores ou recursos econômicos; Causar danos propositais a objetos da mulher ou dos quais ela goste. Violência Moral Considerada qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. Podem ser elas: Acusar a mulher de traição; Emitir juízos morais sobre a conduta; Fazer críticas mentirosas; Expor a vida íntima; Rebaixar a mulher por meio de xingamentos que incidem sobre a sua índole; Desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir. Registros de ocorrências relacionadas a violência contra a mulher vem crescendo em Presidente Prudente Bruna Bonfim/g1 Realidade em Presidente Prudente Em Presidente Prudente, a violência de gênero ainda é muito presente. Conforme os dados disponíveis no portal da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da maior cidade do Oeste Paulista já instaurou 1.144 inquéritos entre os meses de janeiro e setembro de 2023. Neste mesmo período no ano passado, foram registrados 1.029 inquéritos. O número de pessoas presas suspeitas de cometerem violência doméstica também cresceu. Em 2023, a DDM efetuou 222 prisões de janeiro a setembro, contra 173 prisões durante o ano todo de 2022. A busca por ajuda através do registro policial é significativa no Estado de São Paulo inteiro. Até setembro deste ano, já foram registrados 73.240 casos de ameaças. Praticamente metade desse número corresponde ao interior do Estado, que registrou 35.914 neste mesmo período. Cada número representa uma vida feminina em risco e a necessidade de sobreviver diante do agressor. Para Vitória, a vida após a denúncia é cheia de esperança e novos começos. Apesar de ainda conviver com um de seus agressores, ela já se considera uma sobrevivente feminina. Não foi à toa que ela escolheu o nome Vitória para preservar sua verdadeira identidade perante os julgamentos de terceiros. Os anos à frente são números de esperança de uma vida mais feliz e cheia de liberdade. “Hoje eu só peço a Deus que ele me dê mais anos de vida para eu poder aproveitar. Teve uma reunião no Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social] e a maioria delas falaram que gostavam de cantar e dançar. Ouvindo aquilo, eu lembrei que eu gostava de dançar, porque você esquece quem você é, esquece o valor que você tem. Elas me fizeram lembrar disso. Hoje eu ligo o rádio, adoro Nando Reis, eu ligo o celular e começa “o mundo é bão, Sebastião”, e começo a pular no meio da cozinha, porque eu posso. Isso não tem nada no mundo que pague, você se dar o valor e saber o valor que você tem”, contou emocionada. A mensagem que ela quer deixar para alguém que passou ou passa por situações de violência de gênero é se amar acima de tudo. Com esse gesto, a mulher pode se livrar das amarras da violência e sair da situação de vítima para uma sobrevivente. “A mulher entender que primeiro você tem que se olhar no espelho e se amar acima de tudo. Se você não se amar, não se gostar, você não tem capacidade de gostar de ninguém, então você tem que se colocar em primeiro lugar. Eu tive que aprender, a duras penas, a me colocar em primeiro lugar, um pouco acima de tudo, pra entender que eu tenho valor e que eu não posso permitir que ninguém me julgue, me critique, me chantageie, me violente. Eu não posso permitir que isso aconteça comigo. Porque muita mulher permite que aconteça porque ela acha que depende do outro pra tudo e a gente não depende de ninguém pra nada”, finalizou Vitória Nascimento. Créditos da série Sobrevivência Feminina Coordenação editorial e edição: Gelson Netto Reportagem: Bruna Bonfim Arte e ilustrações: Vanessa Vilche e Marcela Castilhos VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/noticia/2023/11/21/sobrevivencia-feminina-ele-falou-que-a-culpa-nao-era-dele-que-eu-provocava-relata-vitima-de-abuso-sexual-praticado-pelo-proprio-pai.ghtml


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